The one thing that is never taught by any chance in the atmosphere of public schools is this: that there is a whole truth of things, and that in knowing it and speaking it we are happy.
G.K. Chesterton
1. ? sintom?tico em nossa sociedade que um dos principais problemas no processo de aprendizado de nossos jovens seja uma apatia desmedida. N?o se trata da apatia que querem resolver os apologetas da aula-show ou da ?ltima baboseira pedag?gica do momento. ? a completa falta de p?thos em rela??o ao saber. Se o desejo de saber ? express?o do reconhecimento da car?ncia, da afirma??o do n?o-saber inicial que se quer superar, sua falta s? pode ser sinal da ignor?ncia crucial e irremedi?vel que tem como seu signo mais pr?prio o desprezo por obter aquilo que pensa que j? possui (n?o ? isso, Diotima?).
2. Entretanto, h? outros degraus abaixo. Se antigamente a ignor?ncia poderia ser arrolada como algo ruim, indesej?vel e, por isso, por uma quest?o quase de honra, servir como motor para o saber, h? muito nos afastamos de patamares muito inferiores. Nas d?cadas de 80 e 90, os pobres professores ainda podiam tentar motivar os seus alunos ? se n?o mais pelo rep?dio ao n?o-saber ?, pela quest?o financeira. Ent?o n?o se trata mais de uma forma??o em vista do saber mas de, ao menos, em vista da forma??o profissional que serviria de condi??o de possibilidade para uma melhora da qualidade (financeira) de vida. E os alunos ent?o se esfor?avam para obter ao menos a forma??o necess?ria para se passar na faculdade e conseguir um emprego razo?vel.
Se isso j? era um decr?scimo do motivo principal que deveria causar ?nimo nos alunos, hoje estamos beirando o caos. O argumento financeiro simplesmente j? n?o tem mais efeito algum. O aluno sabe que para ingressar numa faculdade o empenho no estudo n?o ? mais t?o necess?rio. Sabe tamb?m que o sustento financeiro pode depender, em ?ltima an?lise, de coisas absolutamente exteriores ? sua forma??o intelectual, como sua beleza ou um talento bizarro. E por que n?o de atividades il?citas, j? que a legalidade tamb?m ? fruto da mesma ?tolice? que gera a escola.
3. O aluno hoje, por essas e por outras, vegeta em sala. As grandes conquistas, o detalhe hist?rico, as constru??es matem?ticas, as belas letras, as quest?es filos?ficas j? n?o agem sobre uma alma inerte (geralmente num corpo muito bem ativo). E vai-se perdendo outra gera??o.
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