Em um artigo publicado na edição de hoje do The Guardian, Ijad Madisch, CEO da ResearchGate, escreve apontando nessa direção. Ao menos no uso de PDFs como a principal ferramenta de divulgação de resultados científicos.
Madisch indica como o principal defeito do formato o seu “fechamento” ou “engessamento”. Isso se deveria ao fato de que, quando criado no “longínquo” 1991, o formato da Adobe não podia prever a explosão social da web e do impacto que isso poderia ter na pesquisa e na discussão científica. O autor do artigo cita como sinais dessa inadequação a pouca maleabilidade do PDF para lidar visualmente com os itens de um artigo, como gráficos, caixas de texto ou referências, a pouca abertura e preparo para lidar com comentários ou feedbacks, já que mesmo marcas ou anotações não são bem manipulados pelo formato (que, de fato, não foi feito para isso) e, por fim, a falta de abertura do formato ao contexto social de pesquisa e de debate.
Como alternativa, Madisch aponta para o exemplo do PubReader, formato desenvolvido pelo National Center for Biotechnology Information que promete ser um grande avanço na publicação de pesquisas (o site do NCBI parece estar passando por instabilidades). O formato já está em uso pela base PubMed e a Elsevier também está desenvolvendo a sua própria distribuição do formato. Você também pode saber mais sobre o PubReader neste artigo.