Nesse sentido, por exemplo, o aluno n?o ? mais algu?m que sabe ou est? em busca de saber, ou que se descobre no ato de se imortalizar – athanatizein – como ess?ncia da vida filos?fica, fundamental, por exemplo, em Plat?o ou Arist?teles, mas se v? debilitado em algu?m que faz e est? simplesmente fadado ao ter de aprender a fazer, segundo a no??o de pr?xis vinculada a um universo ideol?gico! Avaliado meramente por possuir algumas meras habilidades, limitadas a sua voca??o individual em detrimento de um m?sero projeto de ser quem ele quiser, evidentemente, desde que n?o seja contr?rio ao que ? politicamente aceito e correto para a manuten??o dessa estupidez, o aluno torna-se o joguete, o parafuso cego de um arsenal mec?nico de meras opini?es. Ali?s, se acharem que estou inventando isso por ser “elite conservadora” ou um lun?tico “reacion?rio” ? s? ler a justificativa do projeto de lei sobre o papel social da filosofia: (
http://www.camara.gov.br/sileg/integras/153903.doc) “a Filosofia tem no atual contexto pol?tico do fortalecimento das institui??es democr?ticas do pa?s um dos pap?is mais relevantes neste projeto, qual seja, o de contribuir para uma forma??o e fundamenta??o da opini?o p?blica brasileira”. Como nesse esquizofr?nico panorama das opini?es o homem ? raiz de si mesmo, tudo o que se fala, toda opini?o que se emite, toda e qualquer escolha tem valor efetivo no mercado das id?ias. O auto-estabelecimento da supremacia do homem definitivamente derrubou qualquer par?metro que n?o sua loucura. Na constrangedora inoc?ncia por liberdade de express?o a “Filosofia como pr?tica da cidadania” torna-se a desgastada e insuper?vel forma de educa??o como mera fun??o pol?tica de contribuir com a opini?o p?blica, ou seja, retroalimentar essa barb?rie epist?mica. Onde todos s?o fil?sofos, j? n?o h? mais lugar para Filosofia. Onde tudo ? verdade, a mentira tamb?m reina e o her?ico Barrab?s concebe sua Justi?a na alegria e no direito de agora ser livre.