N?o tenho o menor problema em admitir: sou um f? inveterado de Woody Allen. Podem falar o que for: que ele ? ped?filo, imoral, fuj?o, canastr?o e (insira seu improp?rio aqui). Mas ao lado de Bergman – de quem Allen ? f? e por vezes procura explicitamente imitar – e Kieslowski, Allan Stewart K?nigsberg ? respons?vel por alguns dos momentos mais maravilhosos que passei ? frente das telas (grandes ou pequenas). Mas quero hoje relembrar uma das p?rolas de Allen: Crimes e Pecados. (Clique na capa para ler a ficha do filme).
J? ? lugar comum falar sobre a dosagem meticulosa de humor, cr?tica e reflex?o com a qual Allen impregna seus filmes. Mas neste, tal alquimia atinge um grau ?mpar de lirismo. A hist?ria e o t?tulo fazem, obviamente, refer?ncia ao cl?ssico de Dostoi?vski. Mas o filme n?o se esgota em ser uma tentaiva de filmagem da obra-prima do escritor russo. O roteiro que levanta problemas ?ticos ? brilhantemente recheado das falas extempor?neas do professor de filosofia que ? objeto do document?rio feito pelo personagem de Allen.
O filme ?, sem d?vida, um componente daquela categoria dos que devem sem vistos, mesmo se voc? tenha preenchido a lacuna acima com alguma boa cr?tica.
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