Escrevendo um artigo, topei com uma citação de um textinho curto de Kierkegaard (20 pp.) e resolvi relê-lo. Desde a primeira vez, achei a ideia central de uma sagacidade chestertoniana. Como um tema teológico-metafisico acerca de uma das propriedades de Deus pode tornar-se algo existencialmente brutal. Se puder, não deixe de ler: “Guds Uforanderlighed” ou A imutabilidade de Deus.
Quão terrível é o fato de que Deus seja imutável, eternamente. Eternamente imutável! Quão terrível é discordar de outro ser humano! Talvez você seja o mais forte e diga acerca do outro: sim, bem, ele vai mudar. Mas suponha agora que ele seja o mais forte; ainda assim você pode pensar que é capz de suportar por ainda mais tempo. Suponha agora que seja toda uma geração; ainda assim você talvez diga: setenta anos não é a eternidade. Mas o eternamente imutável – suponha que você esteja em desacordo com ele – é de fato uma eternidade: terrível!
Grande verdade.
Que boa surpresa, Paula. “Apareça”! Um abraço.