Em 28 de janeiro de 1948 a BBC de Londres transmitiu o debate entre o Pe. Frederick Charles Copleston e o filósofo Bertrand Russell sobre a existência de Deus. Há aí uma brilhante exposição, feita pelo padre, do argumento pela contingência (ou a partir da Terceira Via de São Tomás), bem como a resposta do padre às objeções lógicas levantadas por Russell. Para baixar o pdf da transcrição completa (em inglês), clique aqui.
Há no youtube alguns excertos do áudio, exatamente da seção sobre o argumento pela Contingência:
Parte 1:
Parte 2:
Aproveitem.
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Caro, esse argumento da contingência me parece ter lacunas. Se Deus é um ser necessário, um ser que não poderia não existir, isso não depende da existência do universo. Se não houver necessidade de Deus apenas pela Sua definição de um ser pessoal supremo, então essa existência hipotética será, em última análise, tão desprovida de explicação quanto um universo gratuito. E o padre parece que faz uma confusão quanto ao uso da palavra contingente. Contingente é o ser que existe, mas poderia não existir; não existe por necessidade. Uma coisa causada poderia, a princípio, existir por necessidade, ainda que somente durante um determinado intervalo de tempo. Numa série de eventos necessária, cada um dos seus integrantes não é contingente, mas existe por necessidade num dado ponto da série. A série de eventos poderia encerrar em si a sua razão de existir, no sentido de ser necessário que ela esteja aí se desenvolvendo, e não possuir uma causa externa. E se alguém perguntar por que a série de eventos é necessária, poder-se-ia igualmente perguntar por que Deus é necessário, uma vez que, mesmo que Ele não criasse o universo, continuaria sendo necessário do mesmo jeito. E não vejo motivo que impeça de o universo ser gratuito.