Uma delas diz respeito ao grau de confiabilidade da informação que pretendo passar. Com isso quero dizer que ter o trabalho por escrito possibilita a revisão tanto dos argumentos quanto da lógica da exposição e, por fim, “cristalizá-los” na forma de um texto a ser reproduzido tal como é a melhor forma que encontrei para tal fim.
Entretanto, assim como eu apresento trabalhos, eu também os escuto. E também posso dizer uma ou outra coisa sobre isso. Se de fato o público especializado da Filosofia desenvolver quase que uma habilidade sobrenatural de concentração e abstração, sendo capaz de seguir os raciocínios e acompanhar as conclusões, ao mesmo tempo em que formula e pesa argumentos, é igualmente verdade que, na imensa maioria das vezes, ouvir alguém ler por 20, 30 ou 40 minutos é entediante. Como diz Toor:
Because, friends, it is painful to be read to. Unless, of course, you’re in bed wearing footie pajamas, surrounded by stuffed animals, and the reader is your parent. After many years of going to academic conferences, sitting in job talks, and going to readings by literary prose writers and poets, I can tell you: I can’t abide hearing academics read their work to an audience.
Portanto, se é que é realmente necessário rever a prática, qual ou quais as melhores saídas? Dê sua sugestão nos comentários.
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Talvez a academia deva aprender com a simplicidade de um singular mestre anti acadêmico. Os ouvintes de Jesus ficavam ruminando suas parábolas por longo tempo. Eram histórias do cotidiano marcantes. Histórias simples que condensavam muito conteúdo, e conteudo edificante. Talvez esse seja um dos problemas da universidade, seu desinteresse em edificação. Como mostrou Kierkegaard, a intenção de edificar altera a forma de exposição.