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“Grandes linhas” da história da filosofia

 

Em uma recente resenha no suplemento literário do The Times, Anthony Kenny, autor de diversos livros brilhantes sobre uma gama bastante grande de filósofos e períodos, todos tratados com competência e clareza e, recentemente, autor de uma excelente história da filosofia, traça um “voo panorâmico” sobre a história da filosofia. Obviamente o trecho está pontuado de diversas ironias. O curioso é que conheço pessoas que defendem concepções opostas e que corroborariam as “grandes linhas” abaixo. Deliciem-se:

 

[P]hilosophy was started in the ancient world by Plato and Aristotle, who were not bad philosophers considering how long ago they lived. Once the Western world became Christian, however, philosophy went into hibernation for many centuries, and saw as its only task to write footnotes to Aristotle. Some of the scholastic philosophers of the Middle Ages were clever chaps, but they wasted their talents on logical quibbles and pettifogging distinctions. It was only when Aristotle’s metaphysics was thrown over in the Renaissance that philosophy got into its stride again, and renewed its connection with scientific inquiry. Descartes showed that the way to understand the material universe was to treat it as a conglomeration of purposeless material objects operating according to blind laws: there was no need for Aristotle’s final causes. While Descartes was a rationalist, a succession of philosophers writing in English, from Hobbes to Hume, showed that it was sensory experience, not reason, that was the basis of all our knowledge. Kant and his German Idealist followers introduced a degree of obfuscation into philosophy, from which Continental philosophy has never totally recovered. But in Britain and America in the twentieth century, philosophy re-emerged into the daylight with the logical empiricism of brilliant minds like A.J. Ayer.

G. Ferreira

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  • Eu já vi um colega defender que: "não há motivos para ler Platão hoje em dia, ele ficou obsoleto".

    Obviamente, essa opinião nunca seria afirmada na presença de um especialista em antiga ou em qualquer debate sério.

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G. Ferreira
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