“Foi por sua fé que Abraão pôde deixar a terra de seus pais para tornar-se um estrangeiro na terra da promessa. Ele deixou algo para trás, e tomou outra consigo. Ele deixou para trás seu entendimento mundano e levou com ele sua fé. De outro modo, ele seguramente não teria ido; certamente, teria sido absolutamente sem sentido fazê-lo. Foi por sua fé que ele pôde ser uma estrangeiro na terra prometida; não havia nada para lembrá-lo do que lhe era caro, mas a novidade toda tentava sua alma até a tristeza. E ele era o escolhido de Deus, em quem o Senhor punha seu agrado! Sim, verdadeiramente! Se ele tivesse sido apenas renegado, apartado da graça de Deus, ele teria compreendido melhor. Como as coisas se passaram, parecia mais uma zombaria com ele e com sua fé. Houve certa vez um outro que viveu exilado da terra de seus pais. Nem ele nem suas canções de lamento nas quais, na aflição, ele procurou e encontrou o que havia perdido. De Abraão nós não temos nenhuma canção de lamento. É humano queixar-se, é humano chorar com alguém que chora, mas é algo ainda maior ter fé e mais abençoado contemplar aquele que crê.
[…] Este movimento é algo que eu faço por mim mesmo, de modo que eu ganho a mim mesmo em minha consciência eterna, em uma abençoada observância ao meu amor pelo ser eterno. Pela fé eu não renuncio a nada; pelo contrário, na fé eu recebo tudo, exatamente no sentido em que está dito daquele cuja fé que é como um grão de mostarda pode mover montanhas.”
KIERKEGAARD, S. A. Temor e tremor
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