1. Se “Filosofia X” significa a análise de problemas ou identidades geograficamente restritas, isso pode ser até uma análise filosófica, mas definitivamente não é uma “Filosofia”. É ridiculamente fácil de enxergar, na medida em que essa “filosofia”, por converter-se em análise política/sociológica/ideológica, afasta-se precisamente da pretensão de universalidade inerente ao trabalho conceitual, pela própria natureza necessariamente universal do conceito. Pode ser uma excelente sociologia, antropologia, ciência política etc. Mas não pode ser Filosofia.
2. Substitua “Filosofia” em “Filosofia Latino-Americana” por “Matemática”, ” Química” ou “Física” e me diga que diabos significa a busca por uma “Matemática Brasileira” ou uma “Física Latino-Americana”? Se Kant tivesse nascido em Curralzinho, ao invés de em Königsberg, a tábua das categorias seria diferente?
3. Leve a sério essa palhaçada e vamos ver até onde deveríamos ir. Devemos buscar uma “Filosofia Paulista”? Gaúcha? Ou então municipal? Da minha rua? Do meu prédio ou andar? Onde devemos parar essa busca “bonita” pelo “lugar de onde falamos”?
De uma vez por todas: argumentos e conceitos não têm bolas, peitos, nacionalidade ou time.
PS: Também escrevi sobre isso para o Blog da Nabuco.
Depois de muitos anos recebendo alguns pedidos para um curso online de filosofia, vou oferecer…
Publico abaixo o texto na íntegra da apresentação à minha tradução do livro de Frederick…
Em maio deste ano, tive o prazer de ser convidado pelo Dionisius Amendola, que capitaneia…
Novo artigo aceito para publicação (a sair pela Revista Trans/Form/Ação - UNESP) sobre a leitura…
Procurando por artigos de Shamik Dasgupta em seu site, acabei clicando em uma de suas…
Relendo a introdução do incrível “Ten neglected classics”, organizado por Eric Schliesser, topo de novo…