Cristo nasce, glorificai-O!
Cristo desce do céu, ide ao seu encontro!
Cristo está sobre a terra, sede orgulhosos dEle!
Canta ao Senhor a terra inteira,
e vós, ó povos, com hinos celebrai-o na alegria,
porque cobriu-se de glória.
Hoje a Virgem dá à luz o supersubstancial
e a terra oferece uma gruta ao inacessível.
Os anjos com os pastores cantam a sua glória,
os Magos avançam seguindo a estrela.
Para nós nasceu, tenra criatura,
o Deus existente antes dos séculos.
Ao nascer de Jesus em Belém de Judá,
os Magos, chegados do Oriente,
adoraram o Deus encarnado
e, abertos diligentemente seus tesouros,
lhe ofereceram dons preciosos:
ouro puro como ao Rei dos séculos,
incenso como ao Deus do universo,
e mirra a ele, o Imortal, como a um morto triduano.
Povos todos, vinde,
adoremos aquele que nasceu
para salvar as nossas almas.
Vinde, alegremo-nos no Senhor,
considerando o mistério presente:
o muro de separação foi abatido,
a espada flamejante retrocede,
os Querubins se afastam da árvore da vida
e eu participo das delícias paradisíacas
das quais a desobediência me tinha afastado.
A imagem idêntica ao Pai, a marca da sua eternidade
toma forma de servo sem sofrer mutação,
nascendo de uma mãe que desconhece as núpcias.
Deus verdadeiro, o que era permanece,
o que não era assume-o,
feito homem por amor dos homens.
Aclamemo-lo: Deus nascido da Virgem,
tem piedade de nós!
Os povos foram recenseados por ordem de César;
nós, os crentes, fomos marcados
pelo nome da tua divindade,
ó nosso Deus encarnado.
Tua misericórdia é grande, Senhor, glória a ti!
Da liturgia ortodoxa do Natal do Senhor