Subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus-Pai Todo-Poderoso
O sexto artigo de nossa Profissão de Fé está intimamente ligado ao anterior e o desenvolve, explicitando os maravilhosos efeitos da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em sua primeira parte, professamos a Ascensão do Senhor (At. 1,9). Tal evento não é apenas uma manifestação fantástica, mas exibe a nós a sua glória tremenda. Como nos diz São Pio X, o Cristo ascende aos céus para tomar posse de seu Reino merecido por sua morte, como também para preparar o “lugar” de nossa glória, para ser nosso Mediador e Advogado junto ao Pai e enviar Seu Santo Espírito aos apóstolos.
Nas Escrituras, vemos diversos relatos de homens que foram arrebatados ao céu: o profeta Elias que subiu numa “carruagem de fogo” (2 Reis. 2,11); o profeta Habacuc carregado pelo anjo (Dn. 14,35); Filipe levado pelo Espírito (At. 8,39) e a própria Mãe do Senhor, Maria Santíssima, cuja Assunção solenemente celebramos. Contudo, diferentemente de todos estes, que foram arrebatados e carregados por Deus, Jesus Cristo ascendeu aos céus por seu próprio poder e glória, por ser Deus e Homem Ele mesmo e por Sua distinta Realeza. Ele é o Rei cujo Reino não pertence a este mundo mas que, justamente por isso, quer que O sigamos, de coração e de mente, à habitação celeste.
Na segunda parte do artigo, ao professarmos que o Cristo toma assento ao lado de Deus-Pai, queremos nos aproximar, por meio de uma imagem sensível, de uma realidade fundamental. O Cristo Ressuscitado fixa-Se de uma vez por todas em Seu lugar de glória desde toda a eternidade. Cumprida sua missão salvífica, o Senhor retorna ao Pai em toda sua glória, importância e dignidade, expressa pela imagem do “sentar-se à direita”. É aí que Jesus é colocado “acima de todo principado, potestade, virtude, dominação e de todo nome que possa haver nesse mundo como no futuro” (Ef. 1,21).
Roguemos então ao Cristo, Rei dos Céus e Salvador nosso, para que, guiados por ele, possamos nós também alcançarmos a eternidade junto do Pai.
Um abraço.
Gabriel Ferreira