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Artigo Pastoreando – 12

De onde há de vir a julgar os vivos e os mortos

O sétimo artigo do Credo expressa, por fim, os últimos atributos do Cristo dos quais damos testemunho de fé. Ensina-nos a Mãe Igreja que Nosso Senhor tem três funções ou ofícios fundamentais, a saber, ser nosso Redentor, nosso Protetor e nosso Juiz. Nos artigos precedentes, contemplamos e compreendemos como por meio de Sua gloriosa Paixão, Morte e Ressurreição Ele nos traz a Salvação bem como, subindo ao Céu, no protege e advoga por nós. Assim, no presente artigo, professamos que Jesus Cristo é o Justo Juiz que julgará toda a humanidade.

 

Há dois aspectos fundamentais que devemos compreender ao professarmos este artigo. O primeiro deles é sobre a segunda vinda do Senhor. Na plenitude dos tempos, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade veio para nos redimir e nos trazer a Salvação. No fim dos tempos, ou como nos diz as Escrituras, no “Dia do Senhor” (cf. 1 Tes. 5,2) Ele virá uma segunda vez para nos julgar. É o próprio Senhor quem nos diz que ninguém conhece o dia (cf. Mt. 24,36), por isso devemos estar preparados e juntos dEle. O segundo ponto é o julgamento em si mesmo, que também podemos compreender em dois momentos. Mas o que devemos entender pelo epíteto de “Juiz”?

Cremos que, após a nossa morte, cada um de nós se apresenta diante do Senhor que, com misericordiosa justiça, escrutinizará toda nossa existência, nossos atos, pensamentos, palavras e omissões. Para além do juízo individual, que chamamos de particular, cremos também no julgamento último de toda a humanidade. Mas por que, ao lado do juízo particular, a Igreja ensina o juízo geral?

Se o Cristo é o Redentor da humanidade e inaugura a nova Criação, sua missão se plenifica na completa reconfiguração de toda a humanidade. Assim, nós mesmos, como indivíduos, só podemos encontrar nossa plenitude na plenitude da nova Criação, da Jerusalém Celeste, completada pela Segunda vinda gloriosa. Do mesmo modo, mesmo as consequências de nossas ações continuam reverberando no mundo – através de nossos atos, exemplos e influências sobre os outros – mesmo após a nossa morte. Assim, tudo isto só encontra seu fim no término do mundo, no fim dos tempos em que todo o gênero humano será julgado, sendo reservada aos justos a visão beatífica de Deus e, aos condenados, sua privação eterna.

Peçamos portanto a Deus que possamos ganhar Sua misericórdia e que nunca nos afastemos das boa obras, da penitência, da esmola e da caridade, verdadeiros remédios, como nos diz S. Tomás, para nos prepararmos para a presença diante do Senhor, Justo Juiz.

Um abraço.

Gabriel Ferreira

G. Ferreira

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  • Devemos nos preparar todos os dias para a segunda vinda do Senhor, não é uma tarefa fácil, mas que pertence a todos aqueles que reconhecem a voz do Bom Pastor, que nos chama da morte para a vida eterna.

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G. Ferreira

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