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Artigo Pastoreando – 4

Na edição passada, fizemos algumas considerações sobre a catequese, seu sentido e sua importância profunda. A partir desta edição do Pastoreando, vamos iniciar um comentário sobre os conteúdos da catequese.

Durante a história da Igreja tais conteúdos foram reunidos, com fins pedagógicos, em catecismos, isto é, em pequenos escritos, como a Didaché ou em volumes grandes como o Catecismo de Trento ou Romano. Merece ainda menção especial o belíssimo catecismo elaborado pelo papa S. Pio X, já em nossos tempos. Atualmente, temos o Catecismo da Igreja Católica, promulgado pelo papa João Paulo II a partir da motivação advinda do Concílio Vaticano II.

Tal como é organizado hoje, o Catecismo da Igreja é composto de 4 partes que, se não pretendem esgotar todo o conhecimento possível sobre o que crê a Igreja, querem dar conta do básico que todo fiel deve conhecer para bem vivenciar a sua fé, a saber, são: a explicitação da nossa Profissão de Fé (o Credo que rezamos na missa), a exposição da doutrina sobre os sacramentos e a Sagrada Liturgia, a reflexão sobre o agir cristão a partir dos Dez Mandamentos e, por fim, a oração cristã na reflexão e exposição sobre o Pai-Nosso. Como já podemos perceber, estão aí presentes as dimensões principais da vida da Igreja e, portanto, da nossa.

A primeira parte, o Credo, divide-se por sua vez em 12 artigos. A Tradição, que credita o símbolo que comumente usamos aos Apóstolos (por isso chamado “Símbolo Apostólico”), por vezes se refere a tal divisão como sendo originária do fato de que cada um dos apóstolos teria sido responsável pela proposição de um dos artigos (como Pseudo-Agostinho, Rufinus e mesmo Santo Ambrósio). Independentemente da confecção, está aí uma das mais antigas coleções de teses nas quais a Igreja de Cristo crê. São os doze artigos:

 

1. Creio em Deus, Pai, Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra;

2. E em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor;

3. Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria;

4. Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado;

5. Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia;

6. Subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso;

7. Donde há de vir a julgar os vivos e os mortos;

8. Creio no Espírito Santo;

9. Na Santa Igreja Católica, na Comunhão dos Santos;

10. Na remissão dos pecados;

11. Na ressurreição da carne;

12. Na vida eterna. Amém.

 

Assim, para começar, a partir da próxima edição vamos comentar e refletir, ainda que brevemente, sobre cada um dos artigos.

G. Ferreira

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  • Olá, Gabriel.

    Mais uma vez, um artigo excelente! Aguardo com curiosidade a exegese dos "doze apóstolos". :o)

    Você pediu para que eu fizesse uma resenha de "A abolição do homem", do C. S. Lewis. Essa semana que passou foi um pouco cheia para mim e, de qualquer modo, acho que uma resenha minha iria empobrecer o seu blog. Deus sabe que não falo isso apenas para me esquivar de trabalho, mas como uma atitude conscienciosa. Anyway, achei uma resenha boa do livro na internet:

    http://livreiroassassino.blogspot.com/2008/01/abolio-do-homem_10.html

    Acho que é um resumo satisfatório das preocupações e dos argumentos que Lewis apresenta em sua obra.

    Abraços.

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G. Ferreira

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